Reforma da Previdência é o fim da aposentadoria

Em um país como o Brasil, em que as desigualdades sociais são enormes, os benefícios da Previdência Social ajudam a sustentar muitas famílias. Mas, a reforma de Bolsonaro ignora o fato e penaliza o trabalhador. Se o projeto for aprovado, é o fim da aposentadoria para muitos brasileiros.

A PEC 06/19, chamada de reforma da Previdência, estabelece a idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Também aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos. Para receber o valor integral do benefício, o trabalhador terá de contribuir ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por 40 anos.

 O governo Bolsonaro também quer diminuir os valores da pensão por morte de viúvos, viúvas e órfãos e do BPC (Benefício de Prestação Continuada) pago a idosos pobres.

O BPC despencaria de R$ 998,00 para R$ 400,00 e seria pago aos idosos a partir de 60 anos. Para receber o valor de um salário mínimo, a idade exigida é de 70 anos.

 Como sempre, o governo Bolsonaro quer penalizar o trabalhador para beneficiar quem tem mais dinheiro, como, por exemplo, os bancos. A reforma da Previdência quer substituir o atual modelo de repartição simples pelo regime de capitalização. É uma espécie de poupança individual. O trabalhador poupa para pagar sua própria aposentadoria.

A grande questão é que, com a capitalização, os trabalhadores com salários baixos terão dificuldades de fazer essa poupança individual. Com a situação do país, não está sobrando nada.

 Não restam dúvidas. A sociedade precisa se unir aos movimentos sindicais e social para ampliar a resistência contra o projeto. O Sindicarne se mantém na mobilização contra a proposta. Inclusive, no dia 22 de março, participou do Dia Nacional de Lutas e Paralisações contra a reforma da Previdência.

Em Salvador, foi realizado ato na Rótula do Abacaxi. O Sindicato se juntou a outras categorias em caminhada que seguiu até a região do Iguatemi.

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